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Príncipe Ouro Negro - Considerado O Rei do Kuduro no Brasil

 


CONFIRA ABAIXO:

Januário Joaquim Mujinga é uma das figuras mediáticas do kuduro em Angola. A extravagância do corte de cabelo e da cor deram-lhe o pseudónimo artístico de Príncipe Ouro Negro. Nasceu a 10 de Outubro de 1988, na cidade do Huambo, mas na sua cédula de registo civil a naturalidade é Luanda.

A contrariedade no registo civil deveu-se à ocupação militar da cidade do Huambo. Daí ter abandonado prematuramente a terra natal. A fuga conduziu-o, primeiro ao Kuando-Kubango. Embora ainda fosse criança, guarda com tristeza a longa viagem de carro até à cidade de Menongue.
Em terras de Mwe ne Venongue ou Serpa Pinto como era chamado até 1975, Príncipe Ouro Negro viveu momentos amargos em companhia do tio paterno Lino, que optou por viver com o sobrinho em Luanda, onde havia segurança. Numa aeronave militar conseguiu sair de Menongue para Luanda, são e salvo.
É filho de Maria José Paixão e de Moniz Elina. Encontrou amparo e solidariedade em casa da tia Maria, que residia no Bairro Kassenda, município da Maianga. Meses depois, os pais do Príncipe Ouro Negro alugaram uma casa no Bairro Rocha Pinto, não muito distante do Kassenda.

O ritmo kuduro despoletado por Toni Amado e Se Bem estava no auge. Esta febre fez com que Príncipe Ouro Negro se convertesse num adepto ferrenho do estilo. Em 1998, entre amigos, Príncipe já lançava algumas notas vocais. Como qualquer principiante, começou por imitar canções alheias.

Um dia encontrou Jeremias Manuel Afonso Francisco, também conhecido por Presidente Gasolina. A dupla fazia furor na escola e no bairro nos ambientes culturais organizados pelos amantes do kuduro. No Morro Bento mandava o Presidente Gasolina, enquanto no Rocha Pinto o sucesso era do Príncipe Ouro Negro.

As palavras conciliadoras dos colegas de escola, no São José, recomendavam uma fusão, atendendo às semelhanças entre ambos. Assim, juntaram as suas vozes e constituíram uma dupla.

Sem ambições nenhumas, os dois rapidamente conquistaram o mercado do Rocha Pinto e do Morro Bento. Passaram a ser conhecidos como os representantes do kuduro naquela zona de Luanda. 

A banda “Na Maior”
Começaram a surgir convites para shows. Mas persistia a grande dificuldade na denominação da dupla. “Actuávamos apenas com nomes próprios”, recorda. Optaram pela escolha de algo que os pudesse representar e dignificar. Então escolheram a denominação “Banda na Maior”, o que para eles significa sem grandes problemas, ou então sem grandes confusões.

Príncipe Ouro Negro teve uma caminhada artística marcada por rosas e espinhos. O ingresso na carreira artística foi motivo para muitos problemas com os seus pais. Inconformados com o caminho que o filho estava a trilhar, decidiram restringir as suas saídas de casa. Mas aos poucos parentes e amigos próximos da família convenceram-se de que a música era um dom de Januário Joaquim Mujinga ou Príncipe Ouro Negro.

Em 2007, durante a realização do CAN em Basquetebol, a dupla “Banda na Maior” foi convidada a exibir-se no programa “Janela Aberta” da TPA. Do reportório, uma das composições foi inédita e homenageou a selecção de Angola.
Desde então, os parentes concluíram que ambos tinham começado uma nova página nas suas vidas. Hoje, o sucesso é total e constituem uma das maiores duplas no kuduro nacional e mundial. 

Januário Joaquim Mujinga é das figuras mediáticas do kuduro em Angola. As cores do cabelo e o estilo do corte fazem furor entre os fãs. Tem pintado o cabelo de castanho e preto. Mas a extravagância não se resume exclusivamente ao penteado, chega também ao modo de vestir. Príncipe Ouro Negro considera-se cidadão do mundo.

Trajectória estudantil?
Temapenas o ensino médio. Frequentei o médio na escola São José, do Morro Bento. Penso frequentar o superior nos próximos anos.

Responsabilidade no grupo?
É compositor. E cada um deles tem a responsabilidade de compor uma das estrofes. Em todas as canções há a participação do Presidente Gasolina e do Príncipe Ouro Negro. Na verdade, somos uma grande dupla.

Inpiração?
Inspira-se em viagens, passeios pela cidade inspiram-me grandemente. Se eu vir um jovem a roubar agora, dá-me logo vontade de compor. Assim, acontece com os diferentes factos que tenho presenciado.

Qual é a sua grande composição no disco “10 Mandamentos”?
É a música “Colo e Descolo”. Nós inspiramo-nos nos motoqueiros cupapatas. Muitos levantam a roda de frente ou a de trás, numa demonstração de domínio da motorizada. Aí nasceu a composição “Colo e Descolo”.

É casado?
Príncipe Ouro Negro não é casado. Mas vive maritalmente. Vivo com Maura Elisabete. Sou pai do Kiami que significa meu.

Qual é o seu maior defeito?
Não ouvir muito os outros. O que tenho de fazer faço e gosto de conquistar.

E este tipo de roupa?
Chama-se vem me ver. Estamos a criar uma roupa de madeira que vai ser vendida no dia da sessão de vendas do nosso disco. Vamos também apresentar publicamente um glossário do nosso linguajar.

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